De acordo com balanço atualizado da entidade, mais de 3 mil queimadas afetaram 181 mil hectares de plantações paulistas. Moagem de matéria-prima recuou na segunda quinzena de agosto, mas queda ainda não reflete impacto das queimadas, aponta Unica. Fogo em Morro Agudo (SP) destruiu área equivalente ao tamanho de Balneário Camboriú, estima Defesa Civil
Marcelo Moraes/EPTV
A área destruída pelos incêndios em canaviais paulistas nas últimas três semanas é maior do que o território da cidade de São Paulo, apontam dados atualizados nesta sexta-feira (13) pela Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana).
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Foram 181 mil hectares afetados por mais de 3 mil queimadas desde 23 de agosto até 10 de setembro, segundo a entidade, que representa mais de 12 mil produtores de cana-de-açúcar. Para se ter uma ideia do tamanho do estrago, a capital paulista tem em torno de 152 mil hectares de extensão territorial, segundo o IBGE.
A projeção da Orplana representa um aumento de 80% com relação ao balanço anterior, do dia 5, e não inclui áreas de preservação permanente nem pastagens.
Em termos financeiros, o prejuízo dos produtores rurais, segundo a organização, é de aproximadamente R$ 1,2 bilhão e se refere a perdas de cana-de-açúcar no pé, na queda de qualidade da matéria-prima e nos custos com manejo e replantio necessários.
O valor é 50% maior do que o calculado no balanço anterior, divulgado há uma semana.
“A taxa de plantio, a área a ser disponibilizada para colheita no próximo ano e o cenário de clima seco, podem sim impactar a safra futura, mas ainda é muito cedo para qualquer previsão, pois vamos depender de como virão as chuvas e climas para os próximos meses”, analisou o CEO da entidade, José Guilherme Nogueira, em nota.
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Fogo atinge área de canavial na Rodovia Washington Luís em Santa Gertrudes
Os estragos ficaram evidentes em localidades como Morro Agudo (SP), conhecido polo produtor de cana e que está entre os maiores municípios do estado que perdeu, até o fim de agosto, 4,5 mil hectares. Isso equivale a 6,3 mil campos de futebol ou a um município do tamanho de Balneário Camboriú (SC).
Segundo atualização da Defesa Civil nesta sexta-feira, o estado de São Paulo tem 23 cidades com focos ativos de fogo. Além disso, todo o território paulista está em situação de emergência por conta do alto risco de incêndios e, por conta da situação alarmante, o governo prorrogou o fechamento dos parques e unidades de conservação até 29 de setembro.
Um homem observa um incêndio em uma plantação de cana-de-açúcar perto da cidade de Dumont.
Getty Images via BBC
Prejuízos na safra
Em balanço divulgado esta semana, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) apontou uma queda de 3,25% na moagem da segunda quinzena de agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado, no Centro-Sul, que concentra mais de 90% da produção sucroenergética do país. Também houve queda de 6% na produção de açúcar.
A entidade ressaltou que as quedas ainda não refletem o impacto dos incêndios nos canaviais.
No entanto, a previsão para a safra 2024/2025 é de uma quebra de 10% no resultado final, no comparativo com o ciclo 2023/2024, segundo a Datagro, consultoria especializada em agronegócio. Das 654 milhões de toneladas processadas na safra anterior, o volume deve cair para 593 milhões.
Fumaça de incêndio causado em canavial na zona rural de Sales Oliveira, SP
Divulgação
Marcelo Moraes/EPTV
A área destruída pelos incêndios em canaviais paulistas nas últimas três semanas é maior do que o território da cidade de São Paulo, apontam dados atualizados nesta sexta-feira (13) pela Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana).
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Foram 181 mil hectares afetados por mais de 3 mil queimadas desde 23 de agosto até 10 de setembro, segundo a entidade, que representa mais de 12 mil produtores de cana-de-açúcar. Para se ter uma ideia do tamanho do estrago, a capital paulista tem em torno de 152 mil hectares de extensão territorial, segundo o IBGE.
A projeção da Orplana representa um aumento de 80% com relação ao balanço anterior, do dia 5, e não inclui áreas de preservação permanente nem pastagens.
Em termos financeiros, o prejuízo dos produtores rurais, segundo a organização, é de aproximadamente R$ 1,2 bilhão e se refere a perdas de cana-de-açúcar no pé, na queda de qualidade da matéria-prima e nos custos com manejo e replantio necessários.
O valor é 50% maior do que o calculado no balanço anterior, divulgado há uma semana.
“A taxa de plantio, a área a ser disponibilizada para colheita no próximo ano e o cenário de clima seco, podem sim impactar a safra futura, mas ainda é muito cedo para qualquer previsão, pois vamos depender de como virão as chuvas e climas para os próximos meses”, analisou o CEO da entidade, José Guilherme Nogueira, em nota.
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Segundo atualização da Defesa Civil nesta sexta-feira, o estado de São Paulo tem 23 cidades com focos ativos de fogo. Além disso, todo o território paulista está em situação de emergência por conta do alto risco de incêndios e, por conta da situação alarmante, o governo prorrogou o fechamento dos parques e unidades de conservação até 29 de setembro.
Um homem observa um incêndio em uma plantação de cana-de-açúcar perto da cidade de Dumont.
Getty Images via BBC
Prejuízos na safra
Em balanço divulgado esta semana, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) apontou uma queda de 3,25% na moagem da segunda quinzena de agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado, no Centro-Sul, que concentra mais de 90% da produção sucroenergética do país. Também houve queda de 6% na produção de açúcar.
A entidade ressaltou que as quedas ainda não refletem o impacto dos incêndios nos canaviais.
No entanto, a previsão para a safra 2024/2025 é de uma quebra de 10% no resultado final, no comparativo com o ciclo 2023/2024, segundo a Datagro, consultoria especializada em agronegócio. Das 654 milhões de toneladas processadas na safra anterior, o volume deve cair para 593 milhões.
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Divulgação
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