Contas do governo têm superávit de R$ 84,9 bilhões em janeiro; é o terceiro melhor resultado para o mês

Resultado de janeiro de 2025 fica atrás apenas de 2022 e 2023. Já em valores nominais, sem atualizar os valores da série histórica pela inflação, o resultado é o maior desde 1997. Fachada do Congresso Nacional.
Agência Brasil
As contas do governo registraram superávit de R$ 84,9 bilhões em janeiro de 2025, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta quinta-feira (27).
Esse é o terceiro melhor resultado para o mês da série histórica, em valores reais (considerando a inflação). O resultado de janeiro de 2025 fica atrás apenas de 2022 e 2023.
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Já em valores nominais, sem atualizar os valores da série histórica pela inflação, o resultado é o maior desde 1997.
O resultado do mês ficou acima das expectativas da pesquisa “Prima Fiscal”, que estimava superávit de R$ 83,4 bilhões.
De acordo com o Tesouro, a alta se deve ao aumento da receita líquida com arrecadação do imposto de importação, contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL), imposto de renda e outros.
Previdência
Já os valores da Previdência Social apresentaram déficit de R$ 19,6 bilhões — um aumento real de 12,4% na comparação com janeiro de 2024.
Os benefícios previdenciários e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) foram uma das principais causas de aumento das despesas em janeiro.
No mês, as despesas aumentaram R$ 7,3 bilhões, dos quais R$ 1,7 bilhão são da Previdência e R$ 1,3 bilhão do BPC.
Para a secretária adjunta do Tesouro Nacional, Viviane Varga, há expectativa de redução no crescimento do BPC com as medidas adotadas pelo governo. Em 2024, o governo sancionou uma lei que muda as regras de concessão do benefício e determina a atualização cadastral dos beneficiários.
“Já houve essa série de medidas, estamos fazendo monitoramento contínuo e ao longo do ano vamos observar esse comportamento. Temos expectativa de que os fatores que levaram a esse aumento expressivo arrefeçam”, declarou em entrevista a jornalistas.
Questionada sobre a possibilidade de arrefecimento, Varga disse que “uma série de fatores condicionam a evolução dessa despesa, então é preciso acompanhar [a implementação das medidas aprovadas]”.
Além dos benefícios, as despesas também cresceram por causa do apoio financeiro aos Estados decorrente da lei que impôs um teto de arrecadação de ICMS em 2022.
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