A maternidade como força empreendedora

Elas são mães, gestoras que enxergam no empreendedorismo mais do que uma oportunidade de renda; ele representa um caminho para educar e inspirar seus filhos. No Maranhão, 41,2% dos negócios ativos são comandados por mulheres, segundo dados do Sebrae. Só entre os microempreendedores individuais (MEIs), elas representam mais 40% que decidiram abrir e tocar seus próprios negócios. Grande parte dessas empreendedoras também são mães e, a maternidade, tem sido um dos principais incentivos para essa jornada.

No cenário nacional, de acordo com “Empreendedorismo Feminino”, do Sebrae (2023), 67% das empreendedoras brasileiras têm filhos. E para 68% delas, a dedicação à criação dos filhos “influenciou muito” a decisão de empreender Neste Dia das Mães, vamos conhecer histórias de mulheres empreendedoras maranhenses que fazem da maternidade o impulso para empreender.

O negócio que nasceu na cozinha dos pais cresce a amplia sua atuação no ramo de festa e cursos. (Aquivo Pessoal/Divulgação)

Receita de sucesso

De Barra do Corda, vem a história de Rita Maria de Morais Teixeira, 38 anos. Ela mostra como a maternidade pode ser a motivação para crescer com planejamento e capacitação. A RM Confeitaria começou de forma modesta, na cozinha da casa dos pais, usando os utensílios simples da mãe. Mas a demanda cresceu e a busca por conhecimento também.

Foi no Empretec, metodologia do Sebrae voltada ao desenvolvimento de comportamentos empreendedores, que Rita viu a virada do seu negócio. “Criamos uma empresa em pouquíssimos dias. Isso me deu a certeza de que somos capazes de traçar metas e cumpri-las”, afirmou.

Rita Maria e as filhas Isis Laviny (7 anos) e Lisy Iracely (5 anos). (Aquivo Pessoal/Divulgação)

Hoje, sua empresa atua em quatro frentes: bolos personalizados por encomenda, vitrine com bolos prontos, cursos presenciais e um espaço para festas com capacidade para até 80 pessoas.

Mãe de Isis Laviny (7 anos) e de Lisy Iracely (5 anos), Rita vê no empreendedorismo uma forma de proporcionar um futuro melhor para a família. “Conciliar a rotina da maternidade com a empresa é um desafio diário, mas com organização tudo se encaixa — e vale muito a pena”, afirma. No Dia das Mães, ela celebra as conquistas e sonha alto: quer viajar com as filhas para o exterior e expandir a RM Confeitaria com filiais em cidades vizinhas.

Irisneide respira empreendedorismo e acredita no incentivo ao empreendedorismo como parte da educação familiar. (Aquivo Pessoal/Divulgação)

DNA empreendedor

Irisneide Araújo da Silva, 50 anos, começou cedo. Inspirada na mãe, que costurava para sustentar a família, ela aprendeu que empreender exige esforço, mas que é também edificante. Com os filhos ainda pequenos, vendia crochê e peças artesanais em feiras — muitas delas promovidas pelo Sebrae. Com o tempo, profissionalizou-se na área da beleza, fez cursos, treinamentos e consolidou seu espaço em Balsas. Hoje está junto com o filho na administração da Imagine Comunicação Visual.

Os filhos seguem os passos da mãe e da avó e possuem seus próprios negócios. (Aquivo Pessoal/Divulgação)

E os filhos seguem os passos da mãe. O mais velho, Antônio Marques, 30 anos, é dono de uma empresa de comunicação visual com clientes em Balsas e região. A filha caçula, Isabelle, 20 anos, começou recentemente a empreender no ramo da confeitaria. “Sempre mostrei pra eles a importância de ter seu próprio negócio, de tratar bem o cliente, de fazer tudo direitinho”, conta Iris. “Levei todos pro Sebrae comigo, porque sei o quanto é importante se qualificar”, destacou.

A empreendedora, que é uma das fundadoras da Associação de Mulheres Empreendedoras em Balsas (AMEB), defende que o empreendedorismo pode ser uma alternativa para mulheres que buscam conciliar maternidade e carreira. “Muitas mães hoje optam por empreender para poder cuidar dos filhos e ter mais liberdade. E fazem isso muito bem”, concluiu.

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