BNDES anuncia financiamento de 10 jatos da Embraer à Azul em negócio de quase R$ 2 bilhões

Segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, a instituição vinculada ao governo vai financiar a aquisição de 10 jatos E195-E2 por parte da companhia aérea. Jato E195-E2 da Embraer em São José dos Campos
Poliana Casemiro/g1
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou que aprovou o financiamento de 10 jatos comerciais da Embraer à Azul Linhas Aéreas. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (2).
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De acordo com o BNDES, a Embraer, maior fabricante de aviões do Brasil, vai entregar 10 jatos E195-E2 à Azul, que é uma das principais companhias aéreas do país.
O negócio foi fechado em R$ 1,9 bilhão e é o maior em número de aeronaves já realizado de forma direta entre o banco vinculado ao Governo Federal e a Azul.
Até então, os maiores negócios haviam sido firmados em 2009, quando foram financiadas sete aeronaves no valor de cerca de R$ 360 milhões, e em 2010, quando foram financiadas seis aeronaves, da ordem de R$ 330 milhões.
Ainda segundo o BNDES, o banco já financiou cerca de US$ 25,9 bilhões à exportação e 1.311 aeronaves da Embraer desde 1997, ano do primeiro apoio à empresa.
“Os financiamentos do BNDES complementam o financiamento provido pelo mercado privado e possibilitam à Embraer concorrer no mercado externo em igualdade de condições com suas concorrentes”, explica o BNDES.
Jato E195-E2 teve cerimônia de certificação tripla em São José dos Campos
Divulgação/ Embraer
O E195-E2 é a maior aeronave comercial já fabricada pela Embraer, com capacidade para até 146 assentos e autonomia de 4,8 mil quilômetros. O modelo obteve certificação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em abril de 2019.
O avião entrega economia de até 24% no consumo e de 20% nos custos com manutenção, em relação ao modelo anterior.
Com o modelo é possível voar de São José dos Campos a Bogotá, na Colômbia, sem parar para abastecer.
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Jato E195-E2 da Embraer obtém certificação da Anac
Apoio do BNDES à Embraer
Durante um evento em São José dos Campos (SP), onde a Embraer é sediada, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou no dia 19 de julho que três companhias aéreas estavam em negociações avançadas para assumir o compromisso de comprar aviões da Embraer, como contrapartida por um acordo envolvendo dívidas que as empresas possuem com o governo federal.
Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, durante evento em São José dos Campos.
Reprodução/TV Vanguarda
Uma dessas empresas, segundo Mercadante, é a Azul – o financiamento foi anunciado oficialmente nesta sexta-feira (2). As outras são a Latam e a Gol.
A fala de Mercadante ocorreu durante um evento com o presidente Lula (PT) e ministros, para anunciar o financiamento do BNDES para obras nas rodovias Presidente Dutra e Rio-Santos e para exportações da fabricante brasileira de aviões Embraer.
Em coletiva de imprensa com os jornalistas, Mercadante avaliou o cenário da aviação no país e falou sobre as tratativas estarem avançadas com ao menos três companhias aéreas, para que as empresas assumam o compromisso de comprar aviões nacionais, fabricados pela Embraer.
“As três empresas mais importantes, Latam, Azul e Gol, já estão bem avançadas nesse diálogo. Evidente, temos sigilo comercial, não vou entrar em detalhes, mas as três empresas estão bem avançadas na perspectiva de voar com Embraer”, afirmou Mercadante na época.
Na sequência, Mercadante contou que esse compromisso que está sendo negociado para comprar aviões brasileiros seria uma contrapartida por um acordo de renegociação de dívidas com a União.
“Elas (as empresas) têm um passivo fiscal que está sendo renegociado com a Fazenda, mas tem que ter uma contrapartida, qual é a contrapartida: comprar aviões brasileiros da Embraer. Só 12% das frotas de aviões dessas empresas são da Embraer. Quando você compra Embraer, você está recolhendo impostos, realimentando o sistema econômico do Brasil, está mantendo o investimento, gerando emprego, gerando renda”, disse.
“Precisamos apoiar essas empresas, mas elas precisam comprar aviões da Embraer. Essa é uma condição fundamental para todo o esforço que o governo está fazendo de passivo fiscal, de financiar, mas nós precisamos trazer aviões da Embraer. A contrapartida é gerar empregos, impostos e continuar fortalecendo as finanças públicas, que é um grande desafio”, completou Mercadante.
Edifício-sede do BNDES, no centro do Rio
Marcos Serra Lima/g1
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