De acordo com a Ciesp, na COP 28, o Brasil pode e deve liderar cronograma da transição energética

Rafael Cervone, líder do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), destacou o avanço histórico durante a 28ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP 28), concluída recentemente em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Pela primeira vez, os países concordaram com a redução do uso de combustíveis fósseis, representando um passo significativo para enfrentar as questões climáticas globais. No entanto, Cervone expressou preocupação com a falta de um cronograma definido para a transição energética no acordo negociado entre 195 governos.

Sublinhando a importância da expansão de fontes limpas e renováveis para atingir as metas de limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius e zerar as emissões de gases de efeito estufa até 2050, Cervone ressaltou o papel fundamental do Brasil nesse contexto. O país, como presidente do G20 e futuro anfitrião da COP 30 em 2025, tem a oportunidade de liderar ações eficazes e cobrar o cumprimento de acordos cruciais.

O presidente do Ciesp destacou um dos pontos positivos da COP 28: o anúncio da criação de um fundo de US$ 420 milhões para apoiar nações afetadas pelo aquecimento global. Embora reconheça que o montante seja relativamente modesto diante dos enormes desafios, Cervone enfatizou a importância de garantir a efetiva implementação dessa medida, considerando que muitos compromissos financeiros anteriores não foram totalmente cumpridos.

Cervone ressaltou que o Brasil, além de sua posição proeminente no G20 e como futuro anfitrião da COP, deve liderar pelo exemplo. Destacou o vasto potencial do país em fontes renováveis e limpas de energia. Além disso, enfatizou a necessidade de que a nova política de industrialização do governo, conforme preconizado pelo Ciesp e pela Fiesp, seja orientada por tecnologias sustentáveis, substituição de combustíveis fósseis e redução do consumo de água e outros recursos naturais.

Referindo-se ao estudo “Diretrizes Prioritárias Governo Federal 2023-2026” elaborado pelo Ciesp e pela Fiesp, Cervone destacou a importância de criar condições propícias para acelerar a transição do Brasil para uma economia verde. Esse processo envolverá a descarbonização da matriz energética, a maximização do potencial da bioeconomia e o estabelecimento de políticas que promovam a inclusão social das populações vulneráveis e das comunidades tradicionais.

Fonte: https://industriasa.com.br/cop-28-brasil-pode-e-deve-liderar-transicao-energetica-diz-ciesp/

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