Musk, Bezos e Zuckerberg voltam a formar o ‘top 3’ dos mais ricos do mundo

O trio desbancou Bernard Arnault, presidente da LVMH, que havia sido o homem mais rico da lista anual de 2024 da revista Forbes. Pódio volta a ser inteiramente composto por bilionários de tecnologia, em meio a dias ‘difíceis’ para o varejo de luxo. Elon Musk, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg são os mais ricos do mundo
g1
O pódio das três pessoas mais ricas do mundo voltou a ser ocupado por empresários que fizeram suas fortunas com empresas da área de tecnologia.
Mark Zuckerberg, cofundador do Facebook, roubou a terceira posição da lista de bilionários em tempo real da revista Forbes do empresário Bernard Arnault, presidente do conglomerado de marcas de luxo francês LVMH.
O “top 3” de homens mais ricos do mundo agora é formado por Elon Musk, fundador da Tesla e da SpaceX, seguido de Jeff Bezos, cofundador da Amazon, e de Zuckerberg.
Arnault iniciou o ano como líder do ranking de bilionários da Forbes. Em abril, quando a revista divulga a lista anual de mais ricos, ele possuía patrimônio de US$ 233 bilhões. Atualmente, a fortuna do empresário de luxo é estimada em US$ 179,4 bilhões (R$ 981 bilhões).
Há dois meses, uma junção entre derretimento do valor de mercado da LVMH e nova arrancada de ações da Tesla fez com que Musk assumisse novamente a liderança da lista.
Nesta quarta-feira, o empresário acumula uma fortuna estimada em US$ 236,5 bilhões, cerca de R$ 1,3 trilhão. Além da montadora de carros elétricos e da SpaceX, ele é dono do X (antigo Twitter).
Depois de Musk, vêm Jeff Bezos, cofundador da Amazon, com um patrimônio de US$ 189,2 bilhões (R$ 1,03 trilhão), e Mark Zuckerberg, cofundador do Facebook, com US$ 184,6 bilhões (R$ 1 trilhão). (veja a lista completa no fim da reportagem)
LEIA TAMBÉM
Trump volta ao X, afunda sua própria empresa e perde US$ 350 milhões em dois pregões
‘VCs For Kamala’: o que prega o grupo de 600 líderes, bilionários e investidores que apoiam Kamala Harris
Bernard Arnault, CEO do grupo LVMH, em foto de janeiro de 2020
Thibault Camus/AP/Arquivo
Marcas de luxo em baixa
Os últimos meses marcaram um período de baixas para as marcas de luxo europeias, categoria em que se enquadra a LVMH e de onde vêm os bilhões de dólares de Bernard Arnault.
O conglomerado é dono de marcas conhecidas como Louis Vuitton, Dior, Loewe, Fendi e Sephora. Em seu último balanço financeiro, a empresa reportou uma receita quase 1 bilhão de euros abaixo das expectativas de mercado financeiro para o segundo trimestre de 2024: foram 41,7 bilhões de euros, contra 42,5 bilhões esperados.
O lucro por ação distribuído para os acionistas do conglomerado também decepcionou os investidores, com um valor de 14,54 euros por papel, contra 15,55 euros esperados.
“O resultado do conglomerado de marcas de luxo foi impactado pela queda na demanda por itens do tipo na Ásia (menos o Japão), onde as vendas caíram 14% no segundo trimestre”, apontam Paulo Gitz e Maria Irene Jordão, analistas de internacional da XP Investimentos.
A diminuição nas vendas na Ásia foi causada, sobretudo, por uma redução no consumo de produtos de luxos por parte dos chineses, um dos maiores públicos do segmento no mundo. A tendência pode ser observada, inclusive, nos resultados de outras companhias concorrentes.
A Kering — dona das marcas Gucci e Yves Saint Laurent —, por exemplo, teve uma queda de 11% na receita no primeiro semestre deste ano, com destaque para o segundo trimestre, quando faturou 4,5 bilhões de euros, contra a expectativa de 4,9 bilhões de euros.
“O resultado foi impactado pelo enfraquecimento da demanda chinesa por itens de luxo, que puxou fortes quedas nas vendas de varejo e atacado das suas principais marcas”, destacam os analistas da XP.
Refletindo os números fracos até aqui e “pesando as incertezas sobre a evolução da demanda dos consumidores, a Kering espera uma queda de 30% na sua receita do segundo semestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023”.
Com esse pessimismo para o setor de luxo, as ações da LVMH já acumulam uma queda de quase 10% em 2024. Do pico das ações neste ano, atingido em 14 de março, até aqui, a queda nos papéis já é de 26%. Mas Arnault se diz “confiante” com os próximos resultados da empresa.
Obsessão pela área de atuação e busca por gaps no mercado: a forma de empreender de Mari Maria
Veja quem são os bilionários que mais enriqueceram em 2023
Tecnologia em alta
Ao mesmo tempo em que as empresas de luxo passam por uma fase mais negativa, o setor de tecnologia vive novos dias de glória, e as ações das principais empresas do setor disparam nas bolsas de valores.
Mark Zuckerberg, por exemplo, que ocupa a terceira posição do ranking atualmente, viu seu patrimônio saltar de cerca de US$ 65 bilhões em 2023 para os quase US$ 185 bilhões de agosto de 2024, segundo a Forbes.
A alta acompanha a valorização expressiva das ações da Meta (dona do Facebook). Os papéis da empresa já acumulam uma alta de mais de 50% neste ano.
O mesmo vale para Jeff Bezos, mesmo que em menor proporção. Enquanto as ações da Amazon já subiram mais de 13% neste ano, o patrimônio do bilionário cresceu de US$ 114 bilhões em 2023 para os quase US$ 190 bilhões de agora.
A valorização dessas empresas acompanha um otimismo com o setor de tecnologia, em meio ao avanço dos estudos e da empolgação com a inteligência artificial. Não à toa, oito das 10 pessoas mais ricas do mundo fizeram fortuna com o setor.
Pelo mesmo motivo, inclusive, Jensen Huang, presidente da Nvidia — empresa de semicondutores que fornece matéria-prima para o avanço da inteligência artificial —, viu seu patrimônio crescer de US$ 21 bilhões no ano passado para mais de US$ 100 bilhões agora.
Os papéis da Nvidia acumulam alta de 145% só em 2024. A empresa chegou a ocupar o posto de empresa mais valiosa do mundo em junho, desbancando a Microsoft e a Apple.
Já a Tesla, de Elon Musk, tem passado por altos e baixos, com o aumento da competitividade e questões regulatórias no mercado de carros elétricos. Ainda assim, seu patrimônio ainda é composto pelo X e pela SpaceX, que o ajudam a continuar com a maior fortuna do mundo na atualidade.
Nvidia: como a inteligência artificial criou o novo ‘fenômeno’ da bolsa americana
Os 10 mais ricos do mundo
O ranking dos bilionários da Forbes estava configurado da seguinte maneira até esta quarta:
Elon Musk, presidente da Tesla, SpaceX e X, com US$ 236,5 bilhões
Jeff Bezos, cofundador da Amazon, com US$ 189,2 bilhões
Mark Zuckerberg, cofundador do Facebook, com US$ 184,6 bilhões
Bernard Arnault, presidente da LVMH, com US$ 179,4 bilhões
Larry Ellison, cofundador da Oracle, com US$ 167,1 bilhões
Warren Buffett, megainvestidor e fundador da Berkshire Hathaway, com US$ 137,8 bilhões
Larry Page, cofundador do Google, com US$ 133,8 bilhões
Bill Gates, fundador da Microsoft, com US$ 131 bilhões
Sergey Brin, cofundador do Google, com US$ 128,1 bilhões
Steve Ballmer, ex-presidente da Microsoft, com US$ 123,3 bilhões
Deixe seu Comentário
Ir Para o Topo