Citricultores de São Paulo e Triângulo Mineiro devem colher 223,14 milhões de caixas de laranja na safra 2024/25. Laranjas em caixas aguardam transporte após receberem aplicação da cera de carnaúba em packing house da Citrícola Lucato, em Limeira (SP)
Fábio Tito/g1
Os citricultores de São Paulo e do Triângulo Mineiro, maiores regiões produtoras do setor no país, devem colher 223,14 milhões de caixas de laranja na safra 2024/25. A marca é cerca de 4% menor do que a primeira estimativa, feita em maio deste ano. A safra atual pode ficar 27,4% menor que a anterior, segundo relatório do Fundecitrus, recém-divulgado em dezembro, e analisado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq, o campus da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba (SP).
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Na comparação com setembro, a quantia colhida representa aumento de 7,36 milhões de caixas com cerca de 40 quilos cada, o equivalente a alta de 3,45% no período analisado.
🍊Preços em baixa
O preço médio da laranja de mesa está em R$ 111,39/caixa de 40,8 kg na parcial desta semana, entre os dias 9 e 12 de dezembro. O recuo é de 1,4% na comparação com o período anterior. Agentes do setor, consultados por pesquisadores do Cepea, afirmam que a qualidade da fruta melhorou, mas a oferta ainda não atingiu patamar esperado.
“O calibre da fruta tem melhorado, embora a oferta continue baixa no mercado”, apontam.
Para a lima ácida tahiti, as cotações seguem em forte queda, influenciadas pela proximidade da safra principal da fruta e pela melhora da qualidade.
A caixa de 27,2 kg da lima ácida tahiti foi negociada à média de R$ 41,30 na parcial desta semana, 14,88% inferior à do período anterior.
Otimismo com chuvas
🍊 Os produtores estavam otimistas com a possibilidade de chuvas mais abundantes previstas a partir a segunda quinzena de outubro. – Entenda cenário, abaixo. 👇
Limeira (SP) integra cinturão citrícola do estado e é um dos polos produtivos mais afetados pelo calor extremo e pelo greening, entenda mais, no fim da reportagem.
“As precipitações neste momento são fundamentais para aliviar o estresse hídrico, sobretudo nos pomares de sequeiro. No início de outubro, as altas temperaturas no estado de São Paulo intensificaram as preocupações de citricultores. O calor excessivo, conforme explicam pesquisadores do Cepea, pode prejudicar as laranjas que estão nas árvores (da atual safra 2023/24) e também a produção da próxima temporada (2024/25)”, analisa pesquisadores do Cepea para o setor.
📈Alta em outubro
Em outubro, os preços das frutas registravam altas devido à oferta limitada por conta da queda na qualidade da colheita, afetada pelo calor extremo e o greening. A média da laranja pera na árvore fechava em R$ 125,02/caixa de 40,8 kg naquele mês, aumento de 2,23% em relação ao período anterior.
🍋🟩Limão
O limão registrou alta de 30,4% em setembro em relação a agosto. A laranja-pera, que aumentou 10% no mesmo período.
✈ Suco de laranja: Exportações em ritmo lento
As exportações brasileiras de suco de laranja iniciaram os embarques em ritmo lento na abertura da safra deste ano, vigente entre julho de 2024 e junho de 2025, mantendo o mesmo cenário do ano-safra anterior.
Por outro lado, a baixa oferta doméstica fez as importações da fruta in natura baterem recorde com alta de 87%, conforme aponta boletim mais recente do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq, o campus da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba (SP), divulgado nesta sexta-feira (15).
O panorama já era estimado devido a safra menor diante das condições climáticas na época das floradas no ano passado e o greening – doença que atinge os pomares. – Entenda cenário, abaixo, na reportagem.
Análises do Cepea, com base nos dados do Sistema Oficial de consulta estatísticas do comércio exterior brasileiro de bens (Comex Stat) do governo federal, demonstram foram embarcadas 53,4 mil toneladas de suco de laranja (em equivalente concentrado) em julho deste ano. A marca representa queda de 38% na comparação com o mesmo período de 2023.
O cenário já era esperado porque a oferta da commodity no Brasil está limitada, devido à produção reduzida no estado de São Paulo e no Triângulo Mineiro, afirmam pesquisadores do Cepea.
“Ao mesmo tempo, as importações brasileiras de laranja in natura estão em volumes recordes neste ano, impulsionadas pela baixa oferta doméstica e pelos altos preços das frutas nacionais. De acordo com o Comex Stat, de janeiro a julho, foram adquiridas 34,8 mil toneladas, 87% a mais que em igual intervalo do ano passado”, detalha o Centro de Pesquisas da Esalq-USP.
Foto de arquivo: Laranjas no pé
TV TEM
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Entenda o greening, doença que pode devastar os pomares de laranja
Próxima safra de laranja deve ser a menor dos últimos dez anos, aponta levantamento
Pomares de laranja de SP
Reprodução/TV TEM
Greening: entenda impactos para safra
O greening, também conhecido como huanglongbing e HLB, é uma doença que ataca todos as lavouras de cítricos, não apenas no Brasil, mas em outros 130 países. Ela não tem cura e já consumiu mais de US$ 2 bilhões nos EUA na tentativa de ser controlada.
Segundo o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), a incidência do greening cresceu 56% e passou de 24,4% em 2022, para 38,06% em média em 2023.
As especialistas ressaltam os impactos do greening sobre o mercado da laranja no Brasil e, especialmente, em São Paulo, por ser uma doença que afeta os pomares. O cenário é ainda mais prejudicado pelas ondas de calor, com temperaturas elevadas e à falta de chuvas.
Greening
Reprodução / Globo Rural
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Fábio Tito/g1
Os citricultores de São Paulo e do Triângulo Mineiro, maiores regiões produtoras do setor no país, devem colher 223,14 milhões de caixas de laranja na safra 2024/25. A marca é cerca de 4% menor do que a primeira estimativa, feita em maio deste ano. A safra atual pode ficar 27,4% menor que a anterior, segundo relatório do Fundecitrus, recém-divulgado em dezembro, e analisado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq, o campus da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba (SP).
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Na comparação com setembro, a quantia colhida representa aumento de 7,36 milhões de caixas com cerca de 40 quilos cada, o equivalente a alta de 3,45% no período analisado.
🍊Preços em baixa
O preço médio da laranja de mesa está em R$ 111,39/caixa de 40,8 kg na parcial desta semana, entre os dias 9 e 12 de dezembro. O recuo é de 1,4% na comparação com o período anterior. Agentes do setor, consultados por pesquisadores do Cepea, afirmam que a qualidade da fruta melhorou, mas a oferta ainda não atingiu patamar esperado.
“O calibre da fruta tem melhorado, embora a oferta continue baixa no mercado”, apontam.
Para a lima ácida tahiti, as cotações seguem em forte queda, influenciadas pela proximidade da safra principal da fruta e pela melhora da qualidade.
A caixa de 27,2 kg da lima ácida tahiti foi negociada à média de R$ 41,30 na parcial desta semana, 14,88% inferior à do período anterior.
Otimismo com chuvas
🍊 Os produtores estavam otimistas com a possibilidade de chuvas mais abundantes previstas a partir a segunda quinzena de outubro. – Entenda cenário, abaixo. 👇
Limeira (SP) integra cinturão citrícola do estado e é um dos polos produtivos mais afetados pelo calor extremo e pelo greening, entenda mais, no fim da reportagem.
“As precipitações neste momento são fundamentais para aliviar o estresse hídrico, sobretudo nos pomares de sequeiro. No início de outubro, as altas temperaturas no estado de São Paulo intensificaram as preocupações de citricultores. O calor excessivo, conforme explicam pesquisadores do Cepea, pode prejudicar as laranjas que estão nas árvores (da atual safra 2023/24) e também a produção da próxima temporada (2024/25)”, analisa pesquisadores do Cepea para o setor.
📈Alta em outubro
Em outubro, os preços das frutas registravam altas devido à oferta limitada por conta da queda na qualidade da colheita, afetada pelo calor extremo e o greening. A média da laranja pera na árvore fechava em R$ 125,02/caixa de 40,8 kg naquele mês, aumento de 2,23% em relação ao período anterior.
🍋🟩Limão
O limão registrou alta de 30,4% em setembro em relação a agosto. A laranja-pera, que aumentou 10% no mesmo período.
✈ Suco de laranja: Exportações em ritmo lento
As exportações brasileiras de suco de laranja iniciaram os embarques em ritmo lento na abertura da safra deste ano, vigente entre julho de 2024 e junho de 2025, mantendo o mesmo cenário do ano-safra anterior.
Por outro lado, a baixa oferta doméstica fez as importações da fruta in natura baterem recorde com alta de 87%, conforme aponta boletim mais recente do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq, o campus da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba (SP), divulgado nesta sexta-feira (15).
O panorama já era estimado devido a safra menor diante das condições climáticas na época das floradas no ano passado e o greening – doença que atinge os pomares. – Entenda cenário, abaixo, na reportagem.
Análises do Cepea, com base nos dados do Sistema Oficial de consulta estatísticas do comércio exterior brasileiro de bens (Comex Stat) do governo federal, demonstram foram embarcadas 53,4 mil toneladas de suco de laranja (em equivalente concentrado) em julho deste ano. A marca representa queda de 38% na comparação com o mesmo período de 2023.
O cenário já era esperado porque a oferta da commodity no Brasil está limitada, devido à produção reduzida no estado de São Paulo e no Triângulo Mineiro, afirmam pesquisadores do Cepea.
“Ao mesmo tempo, as importações brasileiras de laranja in natura estão em volumes recordes neste ano, impulsionadas pela baixa oferta doméstica e pelos altos preços das frutas nacionais. De acordo com o Comex Stat, de janeiro a julho, foram adquiridas 34,8 mil toneladas, 87% a mais que em igual intervalo do ano passado”, detalha o Centro de Pesquisas da Esalq-USP.
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TV TEM
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Pomares de laranja de SP
Reprodução/TV TEM
Greening: entenda impactos para safra
O greening, também conhecido como huanglongbing e HLB, é uma doença que ataca todos as lavouras de cítricos, não apenas no Brasil, mas em outros 130 países. Ela não tem cura e já consumiu mais de US$ 2 bilhões nos EUA na tentativa de ser controlada.
Segundo o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), a incidência do greening cresceu 56% e passou de 24,4% em 2022, para 38,06% em média em 2023.
As especialistas ressaltam os impactos do greening sobre o mercado da laranja no Brasil e, especialmente, em São Paulo, por ser uma doença que afeta os pomares. O cenário é ainda mais prejudicado pelas ondas de calor, com temperaturas elevadas e à falta de chuvas.
Greening
Reprodução / Globo Rural
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