Índice caiu ao menor patamar desde julho daquele ano, conforme mercados demonstravam confiança com o superávit fiscal, combate à inflação e recompras de dólares do governo. O presidente da Argentina, Javier Milei, demitiu a ministra das Relações Internacionais, Diana Mondino
Matias Baglietto/Reuters
O índice de risco-país da Argentina caiu nesta quinta-feira (14) para seu nível mais baixo desde julho de 2019.
O resultado acontece enquanto os mercados demonstram confiança no desempenho da dívida pública, no superávit fiscal, no combate à inflação e nas recompras de dólares do governo sob o comando do presidente libertário Javier Milei.
O benchmark de risco do JPMorgan, que mostra o spread de rendimento dos títulos em relação à dívida comparável dos EUA, caiu para 784 pontos-base às 11h05 (de Brasília), depois de ultrapassar a barreira dos 800 pontos-base no fechamento do mercado na quarta-feira (13).
A queda acentuada no risco-país da Argentina, uma medida da exposição ao investimento, é crucial para o acesso do país ao crédito internacional.
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Isso ocorre no momento em que o país se prepara para renegociar um contrato de empréstimo maciço de US$ 44 bilhões com o FMI (Fundo Monetário Internacional), com vencimento em dezembro.
Há um ano, nos últimos meses do governo peronista de centro-esquerda de Alberto Fernández, o risco-país estava em torno de 2,5 mil pontos.
O índice tem apresentado uma tendência de queda desde que Milei assumiu o cargo em dezembro de 2023, trazendo duras medidas de austeridade e reformas pró-mercado que ajudaram a reverter um déficit fiscal arraigado e a melhorar as finanças do Estado.
A agenda de corte de custos de Milei elevou a pobreza e prejudicou o crescimento econômico, mesmo que tenha resultado em paridades recordes de títulos, altas na bolsa de valores de Buenos Aires e recuperação das reservas do banco central.
“Estamos exterminando a inflação”, disse Milei em um evento público na quarta-feira, um dia depois que dados oficiais mostraram que a inflação anual caiu abaixo de 200% em outubro pela primeira vez em quase um ano, embora os consumidores ainda se sintam pressionados por uma das taxas de inflação mais altas do mundo.
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Matias Baglietto/Reuters
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