Trump ameaça impor tarifas de até 50% sobre petróleo russo se Putin não chegar à acordo sobre Ucrânia

Presidente americano também ameaçou bombardear e impor novas tarifas sobre o Irã, se país não chegar a acordo sobre programa nuclear com os EUA. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 25 de março de 2025
REUTERS/Evelyn Hockstein
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou impor tarifas de 25% a 50% sobre toda importação de petróleo russo feita pelo país, caso não consiga chegar a um acordo com a Rússia para o fim da guerra na Ucrânia.
Trump afirmou que ficou “muito irritado” com as mais recentes afirmações do presidente russo, Vladimir Putin, sobre o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
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Em entrevista ao canal americano NBC, Trump ainda disse que acredita que as opiniões de Putin sobre Zelensky “não estavam indo na direção certa”.
Na última quinta-feira (27), Putin disse que a medida para encerrar a guerra seria o afastamento de Zelensky da presidência da Ucrânia e a convocação de novas eleições no país. Putin sugeriu, ainda, que a Organização das Nações Unidas (ONU) assumisse o comando da Ucrânia temporariamente, até que um novo governo fosse eleito.
“Em princípio, é claro, uma administração temporária poderia ser introduzida na Ucrânia, sob a supervisão da ONU, dos Estados Unidos, dos países europeus e de nossos parceiros”, teria dito o presidente russo aos marinheiros do porto Murmansk, segundo a agência de notícias Reuters.
Ameaças ao Irã
Na mesma entrevista, Trump também ameaçou o Irã, caso o país não chegue a um acordo com o EUA sobre seu programa nuclear.
O presidente americano disse que haverá “bombardeio” e mais tarifas secundárias sobre o Irã, se não houver acordo.
Trump afirmou, no entanto, que autoridades dos dois países estão conversando.
A política tarifária de Trump
As ameaças tarifárias se tornaram uma das principais políticas de Trump neste mandato.
O presidente já impôs tarifas sobre México e Canadá, seus principais parceiros comerciais, e só suspendeu o início da cobrança porque os países se comprometeram a atuar na fronteira para diminuir a entrada de imigrantes e drogas nos EUA.
Relembre o vaivém das tarifas de Trump contra Canadá e México:
Trump prometeu durante a campanha eleitoral que taxaria produtos importados, em especial do Canadá e do México, seus principais parceiros comerciais.
Após assumir o cargo em janeiro, ele impôs uma tarifa de 25%, mas adiou sua aplicação para março, enquanto negociava com os dois países.
Nesta semana, quando a cobrança começaria, ele anunciou um novo adiamento.
Primeiro, isentou carros importados. Agora, outros produtos incluídos no acordo comercial da América do Norte.
Trump também impôs uma taxa extra de 10% sobre importações da China. Com isso, a alíquota total imposta neste mandato de Trump contra o gigante asiático chegou a 20%. A China respondeu com novas taxas contra os produtos americanos.
O presidente ainda ameaçou impor tarifas de 25% sobre todos os produtos importados da União Europeia, alegando que o bloco “explora” os EUA nas trocas comerciais.
Além de taxas direcionadas ao países, os EUA também já anunciaram ou ameaçaram impor tarifas contra todas as importações de alguns produtos que chegam ao país, como:
taxas de 25% sobre aço e alumínio;
taxas de 25% sobre carros;
ameaças de taxas de 200% sobre vinhos da União Europeia;
ameaças de taxas sobre madeiras, produtos florestais e produtos agrícolas.
Nesta semana, Trump também deve anunciar uma política de tarifas recíprocas. Especialistas ainda têm dúvidas sobre como essas taxas vão funcionar, mas o que se imagina, com as informações divulgadas até aqui, é que os EUA vão impor tarifas maiores sobre os países que consideram ter políticas menos favoráveis ao comércio americano.
*Com informações da agência de notícias Reuters
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