Grupo defende que ‘valores fundamentais’ do setor da tecnologia estão em jogo nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, e que Harris vai melhor representá-los. Kamala Harris em comício em Atlanta
REUTERS/Dustin Chambers
O Partido Democrata aprovou nesta sexta-feira (2) a indicação de Kamala Harris para disputar as eleições presidenciais de 5 de novembro contra Donald Trump.
Mais cedo, a equipe de campanha de Kamala anunciou que, em julho, arrecadou US$ 310 milhões, o equivalente a R$ 1,76 bilhão, o dobro de Donald Trump.
Kamala também angariou o apoio público de um grupo de líderes empresariais e investidores, que se autointitulou de “VCs For Kamala”. VC é uma sigla para “venture capital” (em português, “capital de risco”), uma modalidade de financiamento em que investidores fornecem capital para startups e empresas emergentes com alto potencial de crescimento.
São 645 investidores e líderes do setor de tecnologia — inclusive do famoso Vale do Silício —, além de fundadores de empresas conhecidas, como Reid Hoffman, fundador do LinkedIn, e o empreendedor Mark Cuban, um dos donos da equipe de basquete Dallas Mavericks e conhecido pela participação no programa de TV Shark Tank.
Hoffman acumula uma fortuna de US$ 2,5 bilhões com sua atuação na rede social profissional. Cuban investe em diferentes projetos e é um dos donos do Dallas Mavericks. Ele está na lista dos mais ricos do mundo, com uma fortuna estimada em US$ 5,4 bilhões.
Também há apoiadores de startups de inteligência artificial, instituições financeiras, marketplaces e até incubadoras musicais. O grupo criou um site, com um manifesto pelo apoio à candidata, em que qualquer outro investidor interessado pode assinar ou doar para a campanha. (veja abaixo)
O grupo faz coro a outros bilionários que somam apoio a Kamala, como Melinda French Gates, a ex-diretora da Meta Sheryl Sandberg, o fundador da Netflix, Reed Hastings, e o investidor George Soros.
Mark Cuban, dono do Dallas Mavericks
Carolyn Kaster/AP
O que defendem os apoiadores de Kamala Harris
No manifesto, os apoiadores dizem que “passam seus dias buscando, investindo e apoiando empreendedores que estão construindo o futuro” e se classificam como a favor dos negócios, do empreendedorismo, do progresso tecnológico e do “sonho americano”.
Eles destacam que enxergam a democracia como a “espinha dorsal da nação” e que valores importantes para o bom desenvolvimento da indústria de tecnologia estão em jogo nestas eleições presidenciais em que concorrem Harris e o ex-presidente Donald Trump.
“Nós acreditamos que instituições fortes e confiáveis são uma característica, não um defeito, e que a nossa — e todas as outras indústrias — entraria em colapso sem elas. É isso que está em jogo nestas eleições. Todo o resto podemos resolver através de um diálogo construtivo com líderes políticos e instituições dispostas a falar conosco”, diz o manifesto.
Outro investidor que apoia e doa para a campanha de Harris, o fundador e presidente da empresa de serviços de nuvem BOX, Aaron Levie, disse em entrevista à agência Reuters que os investidores do Vale do Silício estavam “desiludidos” com a candidatura de Biden, mas que a chegada de Harris na corrida eleitoral “mudou completamente o cenário”.
O Vale do Silício é uma região na Califórnia, nos EUA, que se tornou o berço de muitas gigantes da tecnologia, como Apple, Google e Meta. Algumas importantes instituições de ensino estão ali ou nas regiões próximas e, por isso, o Vale abriga também centenas de startups.
Tradicionalmente, os participantes do Vale do Silício apoiam o Partido Democrata. Mas o questionamento à candidatura de Biden por conta de sua idade, e a escolha do senador americano J.D. Vance — que também foi um investidor de venture capital — como vice na chapa fizeram os republicanos ganharem o apoio de nomes importantes da região.
Elon Musk em foto de 16 de junho de 2023
REUTERS/Gonzalo Fuentes/File Photo
O empresário Elon Musk, por exemplo, planejava destinar quase US$ 45 milhões por mês para apoiar a campanha de Trump, informou o jornal americano “The Wall Street Journal”. Musk é fundador da montadora de carros elétricas Tesla, da empresa espacial SpaceX e dono do X, antigo Twitter, e homem mais rico do mundo, com patrimônio de US$ 226,8 bilhões.
As doações seriam direcionadas a um grupo político chamado “America PAC”, concentrado em promover o registro de eleitores, o voto antecipado e por correio entre os moradores dos estados ‘pêndulo’ antes das eleições de novembro.
Outros nomes importantes ao lado de Trump são o do cofundador da Palantir, Joe Lonsdale, dos investidores em criptomoedas Tyler e Cameron Winklevoss, e dos fundadores da Andreessen Horowitz, Marc Andreessen e Ben Horowitz.
Agora, com o surgimento do “VCs For Kamala”, analistas políticos explicam que um posicionamento de Harris em favor do setor de tecnologia pode voltar a atrair mais apoiadores entre os investidores e líderes da tecnologia da Costa Oeste dos EUA.
Clube dos 90+: veja quem são os bilionários mais velhos do mundo
REUTERS/Dustin Chambers
O Partido Democrata aprovou nesta sexta-feira (2) a indicação de Kamala Harris para disputar as eleições presidenciais de 5 de novembro contra Donald Trump.
Mais cedo, a equipe de campanha de Kamala anunciou que, em julho, arrecadou US$ 310 milhões, o equivalente a R$ 1,76 bilhão, o dobro de Donald Trump.
Kamala também angariou o apoio público de um grupo de líderes empresariais e investidores, que se autointitulou de “VCs For Kamala”. VC é uma sigla para “venture capital” (em português, “capital de risco”), uma modalidade de financiamento em que investidores fornecem capital para startups e empresas emergentes com alto potencial de crescimento.
São 645 investidores e líderes do setor de tecnologia — inclusive do famoso Vale do Silício —, além de fundadores de empresas conhecidas, como Reid Hoffman, fundador do LinkedIn, e o empreendedor Mark Cuban, um dos donos da equipe de basquete Dallas Mavericks e conhecido pela participação no programa de TV Shark Tank.
Hoffman acumula uma fortuna de US$ 2,5 bilhões com sua atuação na rede social profissional. Cuban investe em diferentes projetos e é um dos donos do Dallas Mavericks. Ele está na lista dos mais ricos do mundo, com uma fortuna estimada em US$ 5,4 bilhões.
Também há apoiadores de startups de inteligência artificial, instituições financeiras, marketplaces e até incubadoras musicais. O grupo criou um site, com um manifesto pelo apoio à candidata, em que qualquer outro investidor interessado pode assinar ou doar para a campanha. (veja abaixo)
O grupo faz coro a outros bilionários que somam apoio a Kamala, como Melinda French Gates, a ex-diretora da Meta Sheryl Sandberg, o fundador da Netflix, Reed Hastings, e o investidor George Soros.
Mark Cuban, dono do Dallas Mavericks
Carolyn Kaster/AP
O que defendem os apoiadores de Kamala Harris
No manifesto, os apoiadores dizem que “passam seus dias buscando, investindo e apoiando empreendedores que estão construindo o futuro” e se classificam como a favor dos negócios, do empreendedorismo, do progresso tecnológico e do “sonho americano”.
Eles destacam que enxergam a democracia como a “espinha dorsal da nação” e que valores importantes para o bom desenvolvimento da indústria de tecnologia estão em jogo nestas eleições presidenciais em que concorrem Harris e o ex-presidente Donald Trump.
“Nós acreditamos que instituições fortes e confiáveis são uma característica, não um defeito, e que a nossa — e todas as outras indústrias — entraria em colapso sem elas. É isso que está em jogo nestas eleições. Todo o resto podemos resolver através de um diálogo construtivo com líderes políticos e instituições dispostas a falar conosco”, diz o manifesto.
Outro investidor que apoia e doa para a campanha de Harris, o fundador e presidente da empresa de serviços de nuvem BOX, Aaron Levie, disse em entrevista à agência Reuters que os investidores do Vale do Silício estavam “desiludidos” com a candidatura de Biden, mas que a chegada de Harris na corrida eleitoral “mudou completamente o cenário”.
O Vale do Silício é uma região na Califórnia, nos EUA, que se tornou o berço de muitas gigantes da tecnologia, como Apple, Google e Meta. Algumas importantes instituições de ensino estão ali ou nas regiões próximas e, por isso, o Vale abriga também centenas de startups.
Tradicionalmente, os participantes do Vale do Silício apoiam o Partido Democrata. Mas o questionamento à candidatura de Biden por conta de sua idade, e a escolha do senador americano J.D. Vance — que também foi um investidor de venture capital — como vice na chapa fizeram os republicanos ganharem o apoio de nomes importantes da região.
Elon Musk em foto de 16 de junho de 2023
REUTERS/Gonzalo Fuentes/File Photo
O empresário Elon Musk, por exemplo, planejava destinar quase US$ 45 milhões por mês para apoiar a campanha de Trump, informou o jornal americano “The Wall Street Journal”. Musk é fundador da montadora de carros elétricas Tesla, da empresa espacial SpaceX e dono do X, antigo Twitter, e homem mais rico do mundo, com patrimônio de US$ 226,8 bilhões.
As doações seriam direcionadas a um grupo político chamado “America PAC”, concentrado em promover o registro de eleitores, o voto antecipado e por correio entre os moradores dos estados ‘pêndulo’ antes das eleições de novembro.
Outros nomes importantes ao lado de Trump são o do cofundador da Palantir, Joe Lonsdale, dos investidores em criptomoedas Tyler e Cameron Winklevoss, e dos fundadores da Andreessen Horowitz, Marc Andreessen e Ben Horowitz.
Agora, com o surgimento do “VCs For Kamala”, analistas políticos explicam que um posicionamento de Harris em favor do setor de tecnologia pode voltar a atrair mais apoiadores entre os investidores e líderes da tecnologia da Costa Oeste dos EUA.
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